De 11/04 a 01/05, aconteceu a primeira edição de 2016 do Restaurant Week BH!
Foram mais de 60 casas reunidas para trazer harmônicos menus compostos de entrada, prato principal e sobremesa por justos R$41,90 no almoço e R$51,90 no jantar (mais R$1 para ajudar uma instituição que, esse ano, foi uma clínica de reabilitação! Legal, né?).
O tema foi curioso, criativo e muito promissor: Clássicos com um toque brasileiro. Então, em meio dos vários beef bourguinons, brusquetas de carne seca e macarronadas, encontramos algumas pérolas (positivas, viu gente? Ninguém passou vergonha esse ano. Bom, talvez quase ninguém) que foram de abrir os olhos e molhar a boca. O Brasil trouxe incríveis agregadores de sabor e preparo às receitas tradicionais feitas ao redor do mundo, e o resultado foi bonito, colorido e bem temperadinho.
Esse ano foi o primeiro que contou com menu kids, uma opção não obrigatória, mas que facilitou para aqueles pais que querem ir e levar sua prole. Para completar, a reserva online através do The Fork foi mantida, o que deixou o planejamento dos almoços e jantares bem fácil e prático.
Nessa edição, provamos 10 lugares diferentes, totalizando mais de 50 pratos, entre entradas, pratos principais e sobremesas.
Aqui você confere o melhor dessa edição, aqueles restaurantes que brilharam na criatividade, na execução e nos deixaram querendo outro Week logo!
Confiram e já marquem com os amigos para conhecer as casas!
68 La Pizzeria
NOTA GERAL: 4.5/5
www.meiaoito.com.br | Rua Felipe dos Santos, 68 – Lourdes – Belo Horizonte – MG | Tel: 3291-7466
Não teve pra mais ninguém. Bom, teve, mas a 68 trouxe uma experiência que nenhum outro restaurante chegou perto nessa edição. Ela trouxe um menu cuidadoso, dentro do tema e que ainda assim era a cara da casa. A pizzaria tradicional do Lourdes iniciava com a sua incrível Piedina, uma massinha leve e temperadinha de pizza, ou uma charmosa Brusqueta, muito recheada de um tomate fresquinho e maravilhoso. Para os pratos principais, trouxeram uma de nossas pizzas favoritas, a Brasileiríssima, com carne de sol, azeitonas e cebola. Ou, para quem prefere o lado trattoria da casa, um bom Penne com linguiça toscana. Encerraram com nada menos que duas das melhores sobremesas que já provamos no Week: um Tiramisu perfeito, e um Semifreddo que – só pela foto – dispensa explicações. Enfim, Brasil, Itália e um grande U-A-U para definir aquele menu.
Confira nossa visita à casa durante o festival.
Djalma Mercearia
NOTA GERAL: 4.0/5
www.djalmamercearia.com.br | Rua Jornalista Djalma Andrade, 14 – Belvedere – Belo Horizonte – MG | Tel: (31) 2514-1400
O espaço gostoso do Belvedere se transformou em uma das casas mais tentadoras nesse Week. Seu espaço, informal e discreto, acabava por esconder todas os maravilhosos itens que encontramos naquele menu. Como o estilo já é bem abrasileirado, o esquema era transformar alguns pratos em clássicos e deixar tudo bem formatado para o festival.
Assim como a 68, eles começaram com Brusquetas, trazendo dois sabores bem distantes mas bem complementares. A outra opção era um Ceviche também delicioso, com grandes fatias de chips de batata doce que não só traziam um crocante (como o pão das brusquetas), mas também quebravam o cítrico com seu sabor adocicado. Para rechear, Lombo e Tropeirinho, uma combinação matadora que estava executada à perfeição. O ovinho, os torresmos, os temperos, tudo, tudo, tudo, fazia com que você praticamente ajoelhasse para comer. Pena o outro prato não ser tão premiado assim.
Para encerrar, uma Mousse bem chocolatuda, com morangos, uma calda suave e uma camada suave de côco ralado. Um menu conciso, gostoso e cheio de amor.
Confira nossa visita à casa durante o festival.
Hermengarda
NOTA GERAL: 3.8/5
www.hermengarda.com.br | Rua Outono, 314 – Carmo – Belo Horizonte – MG | Tel: (31) 3225-3268
Por fim, um dos nossos favoritos da cidade voltou aos seus bons tempos (não que tenha ficado ruim, JAMAIS, mas em alguns Weeks a casa não mostrou a criatividade de outrora) e trouxe um menu arrebatador. Como o tema Clássicos com Toque Brasileiro é nada menos que a assinatura da casa, é claro que o chef Guilherme não poupou esforços para mostrar toda a personalidade do Hermengarda.
Para começar, um Escondidinho de mandioca, carne de sol e moranga, quentinho, equilibrado e com sabores bastante presentes ou, quem sabe, para os mais ousados, uma Salada de feijão com bacalhau, uma combinação estranha – que a casa já usou outras vezes – e surpreendentemente boa. Para os pratos principais, Escalope ao molho de jabuticaba e batata gratinada, um clássico com execução perfeita e um molho adocicado que elevava o nível de tudo e um ótimo Ravióli de batata doce que estava delicioso em todos os pequenos detalhes, passando somente um pouco do nível aceitável de doce e transformando-se em… doce.
Para fechar com chave de ouro, a foto que ilustra esse post: uma Sopa de frutas com sorvete de tapioca e pralinês, uma sobremesa tão surpreendente e simbólica, que faria com que qualquer pessoa que não conhecesse o Hermengarda o entendesse subitamente. A outra opção era a Mousse de côco com baba de moça que, apesar de gostosa, não envolvia o coração como a sopinha incrível. Um menu que, mesmo em terceiro nessa edição, era digno de palmas.
Confira nossa visita à casa durante o festival.
post & review by Eduardo Boaventura e Path Aun Tôrres
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